A Disfunção Erétil (DE), segundo a Sociedade Europeia de Urologia, é definida como a incapacidade, persistente, de um indivíduo obter e manter uma ereção suficiente para permitir um desempenho sexual satisfatório.
A maioria dos estudos epidemiológicos relatam uma taxa de DE próximo de 20% em homens com mais de 20 anos de idade. Estes também relatam que a DE está associada à comorbidades médicas: Diabetes Melitos tipo 2, obesidade, doença cardiovascular, Hipertensão, Dislipidemia, Depressão e doenças da próstata.
No cenário do Sistema Único Saúde (SUS), a DE adquire uma importância cada vez maior no âmbito econômico causado pela sua associação com comorbidades médicas, ao afetar, negativamente, a qualidade de vida do homem no sentido de diminuir sua produtividade no trabalho e por aumentar os gastos no SUS.
A avaliação diagnóstica consiste em uma história clínica, exame físico e testes laboratoriais adequados. Feito o diagnóstico, cabe ao médico propor e orientar o melhor tratamento ao seu paciente.
As recomendações atuais de tratamento englobam: alterações no estilo de vida (prevenção ou otimização do tratamento de comorbidades citadas anteriormente, interrupção do tabagismo, a prática regular de exercícios físicos); a psicoterapia sexual, sendo frequente a associação entre fatores psicológicos e interpessoais nas apresentações clínicas da DE; tratamento medicamentoso, principalmente via oral, que é a opção de tratamento preferida na grande maioria dos pacientes; tratamento cirúrgico, principalmente o implante de próteses penianas, que desempenha um importante papel no arsenal terapêutico, sendo indicado quando os tratamentos não cirúrgicos são contraindicados, malsucedidos ou indesejados.
Nas últimas décadas, várias foram as descobertas no campo da fisiologia e no tratamento da DE, englobando áreas da epidemiologia e da pesquisa científica. Descobertas que têm proporcionado ao homem contemporâneo um aumento na qualidade de vida, melhoria nos relacionamentos conjugais e diagnóstico precoce de comorbidades que podem estar associados com impotência sexual, por exemplo as doenças cardiovasculares. Com o mesmo objetivo, estudos com terapia genética, terapia com células-troncos são promissoras, podendo no futuro ser alternativas de tratamento.
Matéria da edição 17 da Revista Publish Cristã (https://bit.ly/resvistapublishcristaed17), escrita pelo redator Dr. J. C. Falone – Urologista.
