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Povo ou pão?

  • Foto do escritor: Wilson Santos de Oliveira
    Wilson Santos de Oliveira
  • 28 de set. de 2021
  • 4 min de leitura

Atualizado: 29 de set. de 2021


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Ouvi um jornalista dizer que Bolsonaro conseguiu se destacar como um “fenômeno de massas”.


A expressão me chamou bastante a atenção, porque desnuda a percepção que geralmente alguns veículos de mídia tinham e tem sobre a opinião pública e sobre o povo: o povo é massa.

Massa é aquilo que o padeiro usa para fazer o pão, ele tempera e manobra para dar o ponto que deseja; massa é aquilo que o pedreiro usa para assentar tijolos, ele vira e revira para deixar na consistência adequada; massa é aquilo que a criança usa para brincar, ela amassa, amassa, até dar a forma que quer.

É preciso dar um basta nessa concepção que divide a sociedade entre eles e o povo (os padeiros e a massa). As pessoas não podem ser tratadas como massa. Cada pessoa é um ser individual, autônomo, pensante e que toma suas decisões baseadas em interesses, sejam eles justos ou injustos, altruísticos ou egoísticos.

Por que o povo é tratado como massa? Porque os veículos de mídia, com base em teorias de estudo do comportamento humano identificaram que 95% das pessoas têm comportamento coletivo, age como manada. Os políticos e outros detentores de grande poder entenderam, então, que basta influenciar um pequeno grupo (a mídia) e uma grande multidão o seguirá. Isso foi testado por anos e quase sempre deu certo. Entretanto, o fenômeno Bolsonaro quebrou essa lógica, e isso eles não entendem, ou não aceitam que a teoria tenha sido desmentida pela prática.

Ocorreu um fenômeno sim, mas foi o fenômeno da representatividade. Isso eles não viram, pois são incapazes. E quando digo incapazes, falo de uma real impossibilidade mental, um bloqueio cognitivo. Esse grupo que vê o povo como massa acredita cegamente na teoria de que se você controla os veículos de mídia e apregoa determinado discurso, a maioria das pessoas seguirá seus jargões. A teoria provou-se falha com a ascensão de Bolsonaro.

Todos os veículos de mídia e a maioria dos políticos militaram contra esse então candidato à Presidência da República, plantaram a narrativa de que ele era um golpista, que perseguiria homossexuais, que fecharia o Congresso, e mais um monte de asneiras. Mas não colou, nada disso funcionou.

Com a eleição do atual Presidente ficou provado que a maioria do povo brasileiro pensa, faz críticas racionais e é capaz de se opor a informações falsas, mesmo que estas venham de grandes veículos de comunicação ou de ministros da Suprema Corte. Provou-se que cada pessoa tem capacidade de analisar fatos e notícias, discernindo a diferença. E é isso que assusta e incomoda aqueles que de seus gabinetes ilusionavam controlar a mente das “massas”, a sensação de perder esse poder assombra os déspotas e tiranos.

Eles são tão incapazes de acreditar que as pessoas sejam inteligentes e autônomas, que até criaram um termo para apelidar aquelas que voluntariamente defendem nas redes sociais os mesmos valores que o Presidente: chamaram essas pessoas de milicianos digitais – pasme, abriu-se, inclusive, um inquérito no STF baseado na crença de que é impossível alguém pensar por si só e defender seus valores. Como a mente deles é prostituída, tudo que fazem é por dinheiro, acreditam que os defensores do slogan Deus, Pátria e Família, são também pagos para defender esses princípios.

Eles são incapazes de se dissociar da ideia de povo-massa-de-manobra. Não conseguem acreditar no que os seus olhos veem: o surgimento de uma democracia real, em que o povo realmente exerce o poder e não se comporta como gado, cada pessoa tem autonomia para pensar e agir, julgando racionalmente as informações que recebe.

Pode-se imaginar que esse fenômeno deriva do potencial comunicativo e da liberdade trazida pelas redes sociais. Sim, as redes têm sua grande contribuição, pois libertou as pessoas da dependência da mídia jornalística, principalmente a televisa. Mas não é apenas isso, o fenômeno, na verdade, se chama representatividade.

Depois de décadas em que alguns poucos mantiveram o domínio ideológico do discurso dos candidatos aos cargos políticos, especialmente à Presidência da República, depois de trinta anos em que essa turma propagou na mídia, nas escolas e nas faculdades as teorias que pretendem destruir a família tradicional, a fé e a liberdade das pessoas, surgiu um candidato que representa os valores básicos defendidos e praticados pela maioria dos brasileiros.

Esse candidato não se valeu da velha demagogia (acabar com a fome, educação, saúde, segurança, blá, blá, blá), claro que tudo isso é importante, mas já é lugar-comum, atividades tão óbvias de um governo que precisam apenas serem realizadas, não usadas como propaganda de campanha. Esse candidato apregoou os valores, aqueles “que mantém nosso tecido social”: Deus, Pátria e Família, com fundamento na livre iniciativa do trabalho, na liberdade de expressão, na liberdade de crença, no respeito à Constituição e fé na capacidade individual de cada pessoa.

Desprezando qualquer estigma, seu discurso não se apoiou no jargão vazio da luta de classes marxista, mas igualou negros e brancos, homens e mulheres, patrões e empregados, pobres e ricos, ressaltando a qualidade, a capacidade e as aptidões individuais com base na liberdade econômica e profissional.

Esse candidato quebrou o ciclo de mentiras e falácias de uma turma minoritária que com o apoio da mídia ladrava alto e parecia uma multidão. Quando esse discurso apareceu, o povo, não, cada ser pensante, como indivíduo dotado de suas faculdades mentais, todo cidadão que detém sua capacidade de perceber a realidade, toda aquela gente que não está entorpecida com o ópio das mentiras midiáticas, sim, esse povo que não é massa foi às urnas e elegeu Jair Bolsonaro.

Mas eles continuam sem respeitar a vontade popular, querem colocar um tape na boca das pessoas, cerceiam a liberdade de expressão por meio do bloqueio e desmonetização de perfis na internet, prendem ilegalmente, torturam, quebram colunas vertebrais, quebram sigilos bancários e telefônicos sem o devido processo legal, tudo isso com o apoio da velha e outrora grande imprensa. Enfim, a turma que está perdendo o poder de domínio da opinião pública se juntou com a velha mídia que foi arrancada das gordas tetas públicas e formaram um complô que imaginam perfeito para se contrapor às liberdades individuais.


Eles não aceitam esse tipo de democracia surgente, o exercício real do poder pelo povo. Há nessa turma um real bloqueio cognitivo que os impede de compreender o fenômeno chamado LIBERDADE, cujo principal fundamento é o conhecimento da verdade, essa, por sua vez, advinda do exercício da razão, não da manobra do padeiro.


Por Wilson Santos de Oliveira, Advogado, Palmas/TO.


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